A princípio, a cirurgia plástica evoluiu não apenas em termos estéticos nos últimos anos, mas também no que se refere à segurança, previsibilidade e bem-estar do paciente. Nesse cenário, o protocolo R24R (Real 24 hours Recovery) tem se destacado como uma das maiores inovações no campo das cirurgias mamárias. Inspirado na técnica de recuperação em 24 horas criada pelo cirurgião norte-americano John Tebbetts, o protocolo foi aperfeiçoado e implementado no Brasil pelo Dr. Thiago desde 2012, e hoje é referência para um pós-operatório mais rápido, funcional e com menor desconforto.

Mas quais são os fundamentos do R24R e de que forma ele revoluciona a recuperação?

O que é o protocolo R24R?

Primeiro, 0 protocolo R24R é um conjunto de práticas integradas que têm como objetivo permitir que a paciente submetida à cirurgia de mama com prótese possa retomar atividades leves em até 24 horas após o procedimento.

Ao contrário das abordagens tradicionais, que exigem repouso prolongado, o R24R se baseia em princípios como:

• Planejamento cirúrgico preciso; 
• Anestesia moderna que reduz efeitos colaterais; 
• Controle rigoroso do trauma durante a cirurgia; 
• Educação ativa da paciente para participar do próprio processo de recuperação. 

Com isso, o pós-operatório deixa de ser uma fase de longas limitações e passa a ser um momento de retomada gradual da rotina, com mais confiança e previsibilidade.

Os fundamentos do protocolo R24R

O sucesso do R24R depende da aplicação rigorosa de seus pilares, que envolvem desde o pré-operatório até o acompanhamento após a cirurgia.

1. Escolha da prótese com base na anatomia da paciente

Diferente da prática comum, em que o tamanho da prótese é decidido apenas pelo desejo da paciente, o protocolo estabelece critérios objetivos. O cirurgião avalia a largura da base mamária, a elasticidade da pele e a distância do mamilo ao sulco inframamário. Essa abordagem reduz o risco de complicações, melhora a harmonia corporal e aumenta a durabilidade dos resultados.

2. Preparo pré-operatório diferenciado

O jejum prolongado é substituído pela ingestão controlada de carboidratos de rápida absorção até poucas horas antes da cirurgia. Essa medida reduz a hipoglicemia, melhora a resposta metabólica e contribui para um pós-operatório mais confortável.

3. Anestesia TIVA (Total Intravenous Anesthesia)

A anestesia intravenosa total permite que a paciente acorde sem os efeitos da anestesia geral tradicional, como náuseas e sonolência prolongada. Assim, essa prática também favorece a mobilização precoce, essencial para o êxito do protocolo.

4. Hemostasia de alta precisão

Durante a cirurgia, o controle do sangramento é feito com a ajuda do fotóforo (luz de alta intensidade utilizada na testa do cirurgião). Este aparelho portátil é essencial, pois proporciona iluminação intensa, direcionada e sem sombras diretamente para o campo cirúrgico, permitindo maior precisão e segurança durante os procedimentos. Além disso, utiliza-se também a pinça de Tebbetts, utilizada para hemostasia prospectiva, que queima os vasos antes que o sangramento aconteça. Isso garante assim, menor trauma nos tecidos, reduz a chance de hematomas e facilita a cicatrização.

5. Educação da paciente

O protocolo inclui treinamento prévio, em que a paciente aprende os movimentos que deverá realizar já nas primeiras horas após a cirurgia, como levantar os braços. Assim, essa participação ativa reduz a rigidez muscular e contribui para o sucesso da recuperação em 24 horas.

Como o R24R revoluciona o pós-operatório?

A principal mudança trazida pelo protocR2olo 4R está na experiência da paciente após a cirurgia. Enquanto nos métodos tradicionais o repouso absoluto era a regra, com o R24R a paciente se torna protagonista de sua recuperação.

Recuperação mais rápida

Com o R24R, atividades leves como alimentação, higiene pessoal e movimentação dos braços podem ser retomadas no mesmo dia.

Menor uso de medicamentos

A precisão cirúrgica e a anestesia moderna reduzem a necessidade de analgésicos e anti-inflamatórios.

Ausência de drenos

Dr. Thiago não faz uso de drenos, o que melhora o conforto e diminui riscos de infecção.

Previsibilidade

O protocolo padroniza etapas críticas da cirurgia e do pós-operatório, garantindo mais previsibilidade e consistência nos resultados.

Quem pode se beneficiar do protocolo R24R?

O protocolo é indicado para:

• Toda e qualquer mulher que deseje aumento mamário, sem comprometer sua rotina, com mais segurança e resultados melhores e mais prolongados. 
• Pacientes que desejam realizar aumento de mama com implantes; 
• Mulheres que buscam recuperação mais rápida com mais segurança; 

No entanto, em casos que exigem procedimentos mais complexos, como mastopexias extensas ou grandes ressecções de pele, o protocolo pode precisar de adaptações.

Limitações do R24R

Apesar de suas vantagens, o R24R não se aplica a todas as situações, e o cirurgião avalia cada caso individualmente. Além disso, a aplicação do protocolo exige experiência e treinamento específico por parte do cirurgião.

A importância do cirurgião e da estrutura clínica

A aplicação bem-sucedida do R24R depende diretamente da experiência do cirurgião e da estrutura disponível. Exames de imagem, equipe treinada, uso de ferramentas/instrumentos corretos e ambiente hospitalar adequado são essenciais para garantir segurança e resultados consistentes.

Ao mesmo tempo, cabe ao paciente verificar a qualificação do profissional, confirmando se possui RQE (Registro de Qualificação de Especialista) em cirurgia plástica e se adota protocolos validados. A paciente também pode verificar se o cirurgião possui o selo R24R, de uso exclusivo dos alunos do curso R24R, adaptada pelo Dr. Thiago. Logo, a lista de médicos habilitados está disponível no site oficial r24r.com.br

Conclusão

Por fim, o protocolo R24R representa um avanço significativo ao transformar a experiência pós-operatória da cirurgia de mama. Seus fundamentos unem planejamento, anestesia moderna, controle preciso do trauma e participação ativa da paciente, permitindo recuperação em até 24 horas e resultados mais previsíveis.

Muitos cirurgiões ainda utilizam protocolos tradicionais porque não possuem capacitação específica para aplicar o R24R. Essa diferença reforça a importância de verificar se o profissional possui treinamento adequado para conduzir o procedimento dentro do protocolo.